Seguindo o plano de estudar em outro país
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Espero que tenham passado uma ótima virada de ano e estejam bem. Eu sigo com o plano de te ajudar a estudar em outro país. Nos nossos últimos encontros, trouxe dicas importantes sobre a prova de proficiência e a carta de intenções– que provavelmente farão parte de processos seletivos para o exterior e também internos. Hoje falarei de um outro elemento que assusta muita gente: a carta de recomendação.
Primeiramente, você vai precisar encontrar alguém para te quebrar esse galho. Leia o edital e entenda que tipo de relação você pode ter com quem vai escrever suas referências. Se o programa é acadêmico, geralmente é melhor que o autor da carta seja um professor com quem você se dê bem. É importante contar ao menos dois. Alguns processos também aceitam referências de trabalho. Daí a carta precisa ser escrita por alguém de cargo superior ao seu e que supervisione suas funções de alguma forma – ou seja, é bom manter um relacionamento legal com os colegas, nunca se sabe quando iremos precisar.
Com os nomes em mente, você já pode fazer o pedido para as pessoas. A forma de abordá-las vai depender da sua relação com elas. Você precisa explicar tudo o que precisa para o autor da carta e adaptar cada pedido de acordo com as preferências da pessoa – recomendo que a organização seja compartilhada de forma escrita por email ou mensagem. Tente conversar, achar um caminho legal para não sobrecarregar ninguém e não comprometer sua candidatura. Algumas pessoas vão escrever a carta por você, outros vão pedir para que você escreva e só vão assinar. Lembre-se de que você é quem é responsável por enviar as informações para quem vai escrever sua carta e por estipular o prazo de entrega.
Resolvida a primeira etapa, a dúvida seguinte geralmente é sobre o que escrever nessa carta. Alguns programas pedem um texto em formato livre, outros usam formulários de perguntas ou avaliações, às vezes há exigências de carimbos junto à assinatura (leia o edital e siga as instruções). Se você precisar preencher ou ajudar a pessoa de alguma forma, tente associar as suas experiências com quem vai assinar a carta como compatíveis com o que a banca avaliadora espera.
Minha experiência particular é bastante diversa. Tenho uma pessoa que escreve cartas para mim há uns 10 anos e nunca me deixou na mão. Foi uma relação que se desenvolveu naturalmente. É alguém que me incentiva nas inscrições e que eu acabo me sentindo à vontade para pedir outras. Por outro lado, sempre falta a segunda ou terceira referência porque não consegui desenvolver um relacionamento parecido com nenhuma outra pessoa. Recomendo, que caso seja possível, que você fortaleça relações acadêmicas e/ou profissionais com mais de uma pessoa.Eu sei que nem sempre é fácil, mas é aquela história: o não a gente já tem.
Minha última dica é fazer uma lista com as pessoas que você pode contar – ou que poderia tentar contar. Por fim,é melhor garantir cartas a mais do que não conseguir toda a documentação necessária.
Não me despeço sem antes deixar dicas de processos seletivos abertos pra vocês. 👇🏾
Aqui você precisa de inglês fluente e estar matriculado em um bacharel, mestrado ou doutorado em tempo integral! Não tem limite de idade e podem se inscrever pessoas de várias áreas diferentes. Mais importante ainda, recebe-se um dinheiro. 😉 Não perca a chance! Precisa de currículo, carta de intenção e comprovante de matrícula.
Prazo: 31/01/2021
Graduate Study Programme da ONU 💸
Tem inglês fluente e conhecimento intermediário de francês? Tem entre 25 e 32 anos até o dia final da inscrição? Está estudando num programa de mestrado ou pós-graduação? Se respondeu sim para todas as perguntas, bem capaz de você ser elegível para participar. Atenção porque este programa não oferece nenhuma ajuda de custo 🙁 e o programa é em Genebra (Suíça) um lugar realmente caro – mas, acredito que seja importante a divulgação, quem sabe não haja alguma forma de patrocínio. Prazo: 05/03/2021
Até breve!
Louise Ferreira