Preto somente no comercial
Essa semana nos deparamos com a foto de integrantes brancos do Nubank em Nova York. Na mesma semana a empresa lançou um comercial com uma trancista falando das facilidades que o banco a ofereceu. Com isso, vimos claramente que preto no Nubank somente no comercial.
parece que o nubank não aprendeu nada sobre inclusão… pic.twitter.com/AnAnqmtdfp
— mut0 (@leandromuto) December 10, 2021
Depois da bola fora da presidente da fintech Cristina Junqueira, durante entrevista ao programa Roda Viva, dizendo não haver profissionais negros qualificados no mercado, a startup começou um movimento de buscar a diversidade.
O banco digital contratou pessoas negras, tornou Monique Evelle embaixadora e abriu um hub de tecnologia em Salvador. O Nubank firmou um compromisso de ter 30% de todos os funcionários negros contratados ao longo deste ano em seus quadros e até 2025 espera chegar ao percentual de 37%.
Mas na hora de viajar e participar de um dos momentos mais significativos da empresa, na abertura de capital na bolsa americana, os pretos ficaram no Brasil para garantir a viagem dos brancos. Nada novo sob o sol.
O Nubank não foge o perfil das startups brasileiras. Mapeamento feito pela Abstartups (Associação Brasileira de Startups) aponta que 31% das startups não têm colaboradores negros. Embora 97% delas afirmarem apoiar a diversidade. O que vimos no caso do Nubank na Bolsa de Nova York é que, além de querer o nosso black money, o compromisso da fintech com a diversidade ainda está somente no marketing.
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