Onde estamos no Carnaval?

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Um dos grandes hits do Carnaval de todos os tempos diz na letra que “o povo negro pede igualdade deixando de lado as separações”. Mas não foi isso que uma das maiores intérpretes de Faraó divindade do Egito encontrou no Carnaval das lives de 2021.

A grande Margareth Menezes ficou de fora das lives patrocinadas. Ela e outros artistas negros não foram escolhidos pelas grandes marcas que firmaram parcerias com nomes como IveteClaudia Leite e Bell Marques.

Margareth acabou participando como convidada na live de Daniela Mercury no domingo de Carnaval. Na história do axé e do Carnaval baiano (assim como no resto do país), temos muito o que questionar em relação ao protagonismo negro. Repetimos a pergunta de Taís Araújo: por que Margareth não é tão gigante quanto Ivete?

O Carnaval é uma festa nossa. É negro. Mas quem ganha dinheiro com ele não. Nos bloquinhos do Centro e Zona Sul do Rio de Janeiro, muitas vezes o negro só está presente como vendedor ambulante. Nas escolas de samba, construímos a festa e sambamos para entreter os brancos que nos assistem da arquibancada, mas as diretorias das escolas são brancas.

Enquanto não podemos estar nas ruas por conta da Covid-19 e esperamos por 2022, convidamos a reflexão sobre o papel que ocupamos na festa. Pense nisso enquanto confere as vagas desta edição ouvindo Margareth Menezes!

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