Estamos em campanha eleitoral e o que temos a te dizer é: não vote em branco

Esse era o slogan de Abdias Nascimento em 1950 que voltamos a usar em 2022. Um pleito importante para o país que decidirá o novo presidente e que conta com o maior número de candidaturas de pessoas negras e indígenas da história.

Aliás, pela primeira vez, nas eleições gerais, a proporção de candidaturas negras ultrapassa a de pessoas brancas. O número de candidaturas indígenas na eleição 2022 também bateu um recorde. É o maior desde 2014, como atingiu um patamar superior à proporção de indígenas na própria população brasileira.

Temos opções para votar no preto, na preta e no indígena. Mas precisamos ficar de olho em oportunistas que estão se utilizando da afroconveniência durante as eleições 2022.

Na Bahia, por exemplo, ACM Neto se declarou como negro ao se dizer pardo. Quando sabemos que se trata de uma pessoa branca. Além disso, há ainda aquele que por mais que sejam pessoas pretas ou indígenas, não são comprometidos com as nossas causas coletivas e exercem uma falsa representatividade.

Temos algumas alternativas para nos calçarmos quanto as nossas escolhas na hora do voto. Consulte coletivos e iniciativas que apoiem os candidatos negros como o Quilombo nos Parlamentos e as Mulheres Negras Decidem. Busque na sua cidade candidaturas com esse perfil, pois o momento é delicado e de reflexão. É preciso estar atento e forte.

Mas não vote em branco.

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